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Esta formação é apenas uma gota de água, um pequeno passo para uma ação muito mais alargada e envolvente. Há que empenhar-se e cativar os alunos, pais e comunidade em geral, para os problemas que estão em cada canto e que comprometem o futuro de todos.
Sempre achei relevante diversificar as estratégias de ensino/aprendizagem e implementar metodologias em que o aluno tenha um papel ativo na construção do saber. Fiquei curioso com esta nova abordagem – o Design Thinking – e motivado a aplicá-la.
O grupo de professores da Escola Básica de Silvares envolvido nesta ação procurou desenvolver um projeto no âmbito do programa OTTERES – “Rio Zêzere: dos nossos avós e o meu”. Este foi implementado junto dos alunos do 3.º ciclo, tendo sido possível realizar apenas a fase de “Sentir”. No entanto, tencionamos dar continuidade ao projeto no ano letivo de 2025/2026.
Considero que este tipo de projetos promove uma cidadania ativa, uma aprendizagem contextualizada à realidade do aluno, o debate de problemas atuais e a criação de uma ligação afetiva dos alunos às temáticas/problemas a abordar e resolver, sendo uma estratégia mais motivadora para a promoção da aprendizagem.
Com esta formação comecei um novo ciclo no meu novo clube de ciência Cidadã na Escola.
Esta formação teve um impacto profundo na minha vida, ao reforçar o meu compromisso com uma educação mais inclusiva, consciente e orientada para a construção de uma cidadania ativa e sustentável.
Aqui ficam algumas das frases que os alunos envolvidos no projecto referiram em alguns dos momentos de balanço, monitorização do trabalho desenvolvido:
“Com este projeto percebi a verdadeira importância dos oceanos e como as nossas ações diárias podem afetar a vida marinha.”
“Aprendi que a sustentabilidade não é só uma palavra, é uma responsabilidade que começa em cada um de nós.”
“Foi interessante ver como a Biologia, a Física e outras disciplinas se ligam para explicar os problemas que afetam os oceanos.”
“Este projeto fez-me pensar mais nas escolhas que faço, desde o que consumo até ao lixo que produzo.”
“Senti que estava a aprender algo útil e atual, que vai além dos manuais escolares.”
“Foi bom sair da rotina das aulas tradicionais e aprender de forma mais prática e ligada ao mundo real.”
Perfeitamente de acordo com o que refere!
Esta formação foi uma mais valia tanto para mim como docente como para os alunos.
Deixo algumas reflexões dos alunos perante o projeto criado:
1. “Gostei muito de aprender como podemos poupar água no nosso dia a dia.”
2. “Foi muito bom descobrir de onde a água vem e porque ela é tão importante
para a nossa vida.”
3. “Aprendi que pequenas ações, como fechar a torneira ao escovar os dentes,
fazem uma grande diferença.”
4. “Adorei fazer atividades práticas e entender como proteger os rios e ribeiras.”
5. “O projeto fez-me perceber que todos podemos ajudar a cuidar da água do
planeta.”
6. “Foi uma experiência divertida e educativa e quero continuar a aprender sobre
a preservação da água.”
7. “Foi interessante perceber que todos podem contribuir para o conhecimento
científico.”
8. “Gostei muito de construir os marcadores de livros para entregar às pessoas
para elas também saberem como proteger a água.”
9. “Agora sei que a água é um recurso precioso e que devemos usá-la com
responsabilidade.”
10. “Gostei de ajudar a construir este projeto.”
11. “Descobri que a ciência não é só para os cientistas, mas para todos nós.”
Com esta ação, pude compreender o que é a ciência cidadã e transmitir isso aos meus alunos.
Passei a valorizar mais o rio que atravessa a “minha cidade” e a sua biodiversidade.
Do inquérito feito aos alunos sobre:
se gostaram de participar no projeto,
qual das atividades foi a preferida,
qual foi a atividade de que menos gostaram,
o que aprenderam com este projeto,
se o projeto ajudou a valorizar mais a água e a ciência cidadã,
se consideram importante continuar a realizar projetos como este,
relevo que foi um balanço muito positivo tendo a maioria dos alunos manifestado o seu agrado por “esta experiência diferente, por aprenderem fora da sala de aula, que agora têm mais cuidado com o gasto da água e claro que também houve quem expressou que “foi difícil estar atento em todas as atividades, que nem todos trabalharam da mesma forma nos trabalhos de grupo.
E acham que devem continuar a existir projetos como este porque “aprendem de forma diferente e ajudam a perceber melhor como explicar o que aprenderam”
Esta formação foi muito interessante principalmente no que se refere ao trabalho interdisciplinar com colegas de diferentes áreas e ao trabalho realizado com os alunos que se mostraram desde sempre interessados.
Esta formação deu-nos outra perspetiva na forma de abordar o conceito de sustentabilidade e como podemos envolver os alunos e a comunidade educativa através de diferentes abordagens.